terça-feira, 22 de dezembro de 2009

UMA NOVA ERA DO CINEMA


O MARAVILHOSO MUNDO OCULTO EM AVATAR



Na verdade, nem tão maravilhoso nem tão oculto assim. Pra quem se interessou e foi conferir no Pai dos Burros, Avatar quer dizer “manifestação corporal de um ser imortal” ou algo como projeção daquilo que gostaríamos de ser.
O filme de James Cameron, que está nos cinemas do mundo todo é só uma sequência do que vem se desenrolando aos nossos olhos há algum tempo... Primeiro Star Wars, Harry Potter, A Bússula Dourada, Crepúsculo, Lua Nova, 2012 e agora, Avatar. Ideologias devidamente preparadas para desconstruir valores e apontar outros caminhos, atalhos de solução e crença para a humanidade.
Experiências fantasiosas, crenças duvidosas e ídolos que nem se camuflam mais- são explícitos! Bruxos que deixam a geração teen fora de controle! Lobos e vampiros que arrancam suspiros do público feminino! E agora, os ídolos nem são mais bruxos ou animais, nem desse mundo são! São seres extraordinários – um up grade da projeção da imaginação humana! E pior! As alegorias vêm de um mundo maravilhoso, onde tudo se conecta, onde tudo é ligado divinamente por uma energia divina eletrizante, que está em todos e em toda parte. E pra piorar: a história é bela, contada de forma tridimensional, onde o expectador não se dá conta de nada, a não ser de se projetar na tela e experienciar a emoção de ser alguém extraordinário, de outro mundo, com performance e poderes sobrenaturais! Ou melhor, a tecnologia salta da tela para um público boquiaberto, em êxtase! Nem que seja por 161 minutos, esse público é levado a um conflito épico e convidado de forma irresistível, pela tecnologia 3D, a vivenciar algo que vai além da realidade de simples mortais...
Ideologias e seitas estão por trás desse comércio cinematográfico, que inspira filmes e desenhos, para uma coletividade cada vez mais desarmada e pronta para receber qualquer coisa que seja um bom escape da realidade caótica que o mundo vive.
Ter um olhar crítico, questionar os ritos e as celebrações trazidas no filme e confrontar as verdadeiras intenções das propostas oferecidas de forma sutil ou mais escancarada é uma boa pedida para não se deixar tragar pela beleza singular dessa obra, cujo orçamento oficial foi de U$ 237 milhões e o faturamento mundial no seu fim-de-semana de estréia foi de U$ 232.180.000, o sétimo maior da história do cinema. Como se vê, a sedução por Avatar pode ser iminente, mas não precisa ser fatal!



*Rose Leonel

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